Ele Não Quer Ser um Recebedor, Mas um Doador

Ele Não Quer Ser um Recebedor, Mas um Doador

Ele Não Quer Ser um Recebedor, Mas um Doador

Estávamos reunidos montando cestas de alimentos para a entrega da manhã seguinte. Comigo permaneciam algumas pessoas do Sol Nascente. Em certo momento comecei a contar sobre um perfil de doador bem distinto. Falava sobre pessoas desempregadas e moradoras de comunidades que fielmente doavam também. Sim, doadores!

Algumas pessoas, mesmo compartilhando de situação similar a deles, eram doadoras. Elas confiam a nós seus recursos.

Por isso muitas vezes somos chatos com as doações. Exigimos cadastro e questionamos se realmente é necessário, pois, tem pessoas que compartilham do seu pouco, então tenho que honrar o recebido e doar certeiramente. Fazemos ao máximo para selecionar famílias certas. Nem todos que pedem… precisam de fato. Tem muita gente pedindo cesta como fosse um brinde. Então devemos ser organizados e precavidos para fazer o bem com sabedoria.


Após minha conversa, passando uns 20 minutos, uma pessoa bate na porta. Era um homem de aproximadamente trinta anos encima de uma bicicleta. Amarrado na garupa tinha uma caixa. Ele levantou, pegou a caixa com as duas mãos e nos entregou. O que poderia ser? Uma caixa cheia de alimentos. Uma cesta básica montada por ele.

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Ele andou mais de dez quilômetros para fazer a sua doação. Orgulhosamente fez a sua parte e contribuiu com o trabalho social.

Para aqueles que estavam comigo eu disse: “Viu aí! Ele não quer ser um recebedor, mas um doador”. Em silêncio olhavam para mim e com a cabeça concordavam comigo. Esse nobre homem não queria ser um assistido, mas queria o status de doador. Sua atitude tinha uma sabedoria que muitos desconhecem. Ele sabia que a boa parte da vida vai para aqueles que ajudam, por isso contribuía. Ele foi além do desejo e com suas ações provava a realidade que queria viver.

Não era a primeira vez que fazia isso, já alguns meses era um doador fiel. Não só ele, mas temos outros doadores que portam o mesmo entendimento e religiosamente fazem suas doações. E nós tentamos honrar ao máximo o que nos é confiado.

Ele Não Quer Ser um Recebedor, Mas um Doador

Ele Não Quer Ser um Recebedor, Mas um Doador

A atitude daquele homem me inspirou. No outro dia, diante de todos contei o ocorrido e desafie: “Hoje vocês estão sendo assistidos, amanhã vocês serão doadores”. Incentivei a não aceitar a realidade atual como sua realidade futura. Mesmo sem possibilidade, não devemos aceitar como futuro o que vivemos hoje.

Parte do nosso trabalho como Corrente do Bem Brasília é trazer visão, faze-los ver além da sua realidade. Muitas pessoas em comunidade foram condicionadas a não terem esperança futura, mas quando tiramos as vendas dos seus olhos a expectativa renasce e elas que são tão capazes e fortes encontram o rumo do trabalho, perseverança e fé para lutar e vencer.

“Incentivei a não aceitar a realidade atual como sua realidade futura. Mesmo sem possibilidade, não devemos aceitar como futuro o que vivemos hoje.”

Ele Não Quer Ser um Recebedor, Mas um Doador

Ele Não Quer Ser um Recebedor, Mas um Doador

Diante das minhas palavras em nossa reunião, todos eles prestavam atenção e meditavam sobre esse mundo que eu os apresentava. Convoquei para trabalho no projeto, para arrecadar alimentos para ajudar a outros, mais de dez responderam positivamente! Incrível! Agora temos mais pessoas querendo sair da posição de assistido para doadores e voluntários!

De tão importante esse entendimento virou uma das aulas do nosso treinamento VOLUNTARIADO INTELIGENTE 2.0. São 44 aulas sobre voluntariado para abrir portas na sua mente de como realizar um trabalho social relevante em uma comunidade carente. Clique e saiba mais sobre esse curso que mudará sua maneira de pensar sobre obra social.

Moisés Nogueira de Faria
Presidente da Corrente do Bem Brasília / Generosidade.org

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