Relato da Vilia sobre sua visita ao Sol Nascente

A fé sem obras é morta. Qual o proveito de dizer que tem fé, se não a usa em suas obras?
Hoje foi mais um dia de visita no Sol Nascente. Preguiça, sono, dor de garganta, cansaço quase me fazem ficar em casa fechada no meu mundo mais “meu”, mais tão, tão eu!!! Graças…
que eu e minhas desculpas, hoje não foram suficientes para me imobilizar de ir à visita.
Que momento especial foi este hoje! Quanto aprendizado de vida. Eu ñ me canso de dizer: Tenho muito mais pra receber naquele lugar, daquele povo… do que para doar a eles. O que dôo ali eu posso comprar, o que eles me doam dinheiro nenhum compra, só indo lá para eu receber e vivenciar. Ñ compro em lugar algum. Sempre saio de lá impactada!
Hoje conheci a Edna. Ela faz parte das pessoas cadastradas para o recebimento das cestas que entregamos. Ela se atrasou e chegou ao final da entrega. Mas, tínhamos deixado duas cestas no carro para entregarmos nos lares das pessoas que visitamos para cadastrarmos novas famílias. Nessas visitas vimos a condição e necessidade de cada uma. E a Edna ñ entrava nesse critério, pois, já estava em nosso cadastro. Mas, de alguma forma, Deus nos levou ao lar dela. E como foi maravilhoso! Chegando lá descobrimos que se tratava de uma mulher serva de Deus e cheia de fé. E ao invés de eu e minha amiga Josineide (Jô) falarmos das maravilhas do Senhor, foi ela quem ministrou em nossas vidas. Uma história de vida linda… sustentada em muita oração e testemunhos edificantes. Ela nos disse: “nunca olhei para as circunstâncias, mas, antes clamei a Deus e pedi forças a Ele, então, vi as coisas se tornarem diferentes”. Foi lindo ouvir o testemunho de vida daquela mulher que lutou em oração por sua família. E hoje, Deus tem chamado-a para orar nas madrugadas pelos seus vizinhos. Muito lindo ver como ainda existem pessoas que em meio às lutas e dificuldades não deixam de crer no evangelho da renovação e das bênçãos sem medidas, pra si e para os outros. Agradeço a Deus sempre, por me permitir ser edificada naquele lugar, por meio da vida daquelas pessoas que têm muito mais a dar do que a receber. Ah, detalhes, pedimos um senhor pra ajudar-nos a levar a cesta até a porta da casa dela, pois, a rua estava intransitável para carro. Chegando lá, ela disse: “pega um arroz pro senhor levar. Pode escolher o que o senhor quiser. Eu ainda tenho um pouco aqui…. E ele agradecido, levou o único pct de arroz da cesta”. Fiquei pensando naquela atitude de total desprendimento e solidariedade vindo de uma pessoa que tem tão pouco, mas, escolheu ficar com o mínimo para ajudar o próximo. E percebi que ajudar o próximo não é ter sobrando pra doar, é uma questão de ESCOLHA e DECISÃO de fazer o bem ao outro. Ainda que com tão pouco!…
Vilia Mariza Fraga